EQUIPE DO MObfloripa ESTÁ DE LUTO

06/02/2012

A perda do jovem ciclista, Emílio D. C. de Souza, de 21 anos, atropelado na SC-401, em Florianópolis, na manhã deste domingo, é uma tragédia que nos envolve a todos: motoristas, pedestres, ciclistas, motociclistas, moradores, autoridades, todos devemos nos responsabilizar.

Emílio D. C. de Souza não resistiu e faleceu às 13h do domingo, após ter sido encaminhado para o Hospital Celso Ramos com traumatismo craniano. O segundo ciclista vítima do atropelamento, Nicolas Paollo Zanela, 25 anos, teve fraturas e foi levado para o Hospital Regional de São José, na Grande Florianópolis.

O atropelamento aconteceu por volta das 9h30min, no sentido Centro/Bairro da rodovia, em frente à Madeireira Florianópolis. O motorista de um Ford Fiesta perdeu o controle, atropelando os dois jovens. Um grupo de ciclistas que fazia o percurso com Emílio e Nicolas, tentou agredir o motorista, que precisou ser levado por uma viatura até o posto da Polícia Militar Rodoviária (PMRv), no pedágio desativado. 

O motorista, cuja identidade ainda não foi revelada, se recusou a fazer o teste de bafômetro e foi encaminhado para a Central de Polícia, no Centro de Florianópolis. Segundo a polícia, ele declarou ter dormido ao volante e foi liberado após o depoimento.

A equipe do MObflorpa manifesta aqui profundos sentimentos à família do jovem Emílio, que além de estar se preparando para exercer a medicina, sinal de generosidade e disciplina, tinha atitudes louváveis como cidadão, privilegiando a bicicleta mesmo sabendo que Florianópolis não oferece infraestrutura ou segurança para tanto.

Entristece-nos a perda do Emílio, o sofrimento pelo qual está passando o Nicolas, seu amigo, a dor dos amigos e familiares e também a forma trágica como nos é apresentada a realidade de uma cidade sem a fiscalização exigida pela "Lei Seca" e sem políticas públicas para apoiar aos ciclistas, heróis da mobilidade urbana sustentável.

Que Florianópolis acorde nesta segunda feira consciente de sua responsabilidade frente às vidas, preciosas vidas humanas, que devem ser, o mais rapidamente possível protegidas do álcool, da pressa e da falta de infraestrutura cicloviária. 

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