Primeira Peladada de Florianópolis atrai centenas de curiosos e chama atenção pelas ruas da Capital

12/03/2012

Cerca de 150 ciclistas tiraram a roupa e participaram da primeira edição da Pedalada Pelada de Florianópolis, a Peladada (World Naked Bike Ride para o restante do mundo), na noite de sábado, dia 10. O bem-humorado protesto contou com a adesão tanto dos ciclistas jovens quanto dos mais experientes, homens e mulheres, e chamou muita atenção pelas ruas da capital catarinense. Somente no ponto de encontro, em frente ao Shopping Iguatemi, aproximadamente 300 curiosos agromeraram-se para acompanhar a preparação e a largada para o passeio.

"Você aí parado, vem pedalar pelado"

Os participantes começaram a chegar ao ponto de encontro por volta das 18h, a maioria ainda nitidamente receosa quanto a tirar a roupa. Coube a alguns dos maiores incentivadores do movimento, como o estudante Fabiano Faga Pachecho, dar o pontapé inicial. Apenas de sunga, o manifestante ajudava outros ciclistas a pintarem frases de efeito no corpo, como: "Sou frágil, respeite!", "Só assim você me vê" e "+ Amor - Motor". Por volta das 19h, já tomados de coragem, os ciclistas despiram-se quase que por completo. Até as mulheres presentes desenharam corações e mensagens pelo corpo e deixaram para trás as vestimentas. 

Como é de costume nas Bicicletadas em Florianópolis, o biólogo Daniel de A. Costa fez um breve discurso antes da largada. Um dos ciclistas que mais cobra as autoridades por melhorias no trânsito e por mais respeito à bicicleta na Capital, Costa orientou os demais manifestantes a agirem de forma pacífica nas ruas, sem provocar os motoristas dos carros, e a pedalarem sem pressa e sempre em grupo. "Não estamos aqui para fazer apologia ao sexo ou à nudez, e sim ao fato de que nos sentimos nus e desprotegidos no trânsito", declarou o biólogo.

"Menos carro, mais bicicleta"

Entoando cantos que pedem por menos pressa e mais segurança na ruas, o grupo deslocou-se pelos bairros Santa Mônica, Itacorubi, Córrego Grande, Trindade, 
Agronômica e Centro, na região mais populosa da Capital, totalizando cerca de 25km percorridos. Ao contrário do que acontece durante algumas Bicicletadas, a Peladada foi fortemente apoiada pela maioria dos motoristas e moradores que cruzavam o caminho dos manifestantes. Ainda assim, nas redes sociais pela Internet puderam ser lidas diversas críticas ao movimento, a maioria estigmatizando os ciclistas como desocupados ou caracterizando a iniciativa como apologia ao sexo.

No mesmo dia foram realizadas Peladadas em outras cidades importantes da América do Sul, como São Paulo e Santiago, no Chile.Saiba mais sobre Bicicletas, em seção dedicada no MObfloripa.

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