Reinício das aulas complica ainda mais o trânsito em Florianópolis

 23/02/2012

Escolas buscam colaboração de pais e alunos para aplicação de medidas paliativas

Os moradores de Florianópolis já sabem: em dezembro e janeiro, durante a alta temporada, a enorme quantidade de turistas que chega à Ilha piora muito o trânsito em diferentes regiões da cidade. Chegam então os meses de fevereiro e março e o fluxo nas ruas se converte em um novo problema com a volta às aulas.

A maioria das escolas da Capital, entre públicas e particulares, voltou à rotina na segunda semana de fevereiro, pouco antes do Carnaval. A consequência para o trânsito foi imediata: filas enormes, especialmente nos bairros Pantanal e Carvoeira, além da Rodovia SC-405, que leva ao Sul da Ilha, na ponte Colombo Salles e nas ruas do Centro. 

Segundo a Secretaria Municipal de Educação, 10.861 alunos estão matriculados para frequentar as aulas do ensino fundamental nas escolas públicas da Capital em 2012. A estimativa é de que a soma total ultrapasse 28 mil alunos em Florianópolis, somente na esfera pública. De acordo com a assessoria da Secretaria, boa parte dos alunos de escolas públicas mora perto da instituição e locomove-se até ela a pé ou de bicicleta. Para os que moram a mais de um quilômetro e meio de distância da escola (cerca de 5.500 crianças), a Prefeitura concede gratuitamente um passe escolar de transporte coletivo.

Nas instituições particulares o problema é maior. Por segurança, muitos pais preferem levar os filhos à escola, o que deixa os horários de entrada e saída especialmente complicados. Quando os responsáveis param em frente à escola para que o filho desça ou entre no carro, o fluxo de carros é interrompido. Quando diversos pais fazem o mesmo, o trânsito fica totalmente estagnado. Isso sem contar o risco de envolver uma criança em um acidente. As escolas perceberam o problema e vêm fazendo o possível para amenizá-lo. 

O Colégio Catarinense, no Centro, que conta com 2.950 alunos em seu quadro, viu-se obrigado a alterar os horários de início e término das aulas. Há anos o trânsito na Rua Esteves Júnior fica especialmente complicado e a escola já cogita criar um novo portão de entrada, na Rua Almirante Lamego. Os alunos do ensino fundamental, inclusive, já contam com um portão de entrada alternativo, com espaço interno para que os pais entrem de carro e deixem os filhos com segurança. 

Já a Escola da Ilha, no Córrego Grande, orienta os alunos na conduta para os horários de maior movimento. Segundo o diretor Eliton de Amorim, os estudantes são aconselhados a utilizar os serviços de vans escolares. Os próprios pais recebem o mesmo conselho durante reuniões periódicas que são realizadas na escola e são alertados a não deixar veículos parados na frente do estabelecimento. Também há um bicicletário interno no local. A Escola da Ilha fica a caminho da Lagoa da Conceição e o local sofre com engarrafamentos na "hora do rush". 

De uma forma geral, cada instituição de ensino adota uma estratégia para abordar o tema, demonstrando que os problemas da mobilidade e da segurança nas ruas de Florianópolis também passam pela sala de aula. No Colégio Tradição, na Trindade, por exemplo, metade dos 220 alunos usa o serviço de vans e a escola discute Mobilidade Urbana durante as aulas de "Preparação Universal". A Escola Autonomia, que fica em local de grande movimento no bairro Itacorubi , também procura orientar pais e alunos, ao logo de todo o ano letivo, buscando conscientizá-los para a necessidade de uma atitude de colaboração. Já a Escola Sarapiquá, localizada no morro da Lagoa, está promovendo um abaixo-assinado por melhorias na Rodovia SC-404: o portão de entrada da escola fica em local de difícil acesso, especialmente para quem precisa atravessar a rodovia. 

Conheça aqui os prestadores de serviço na área do Transporte Escolar.

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